Marcado para 19 de setembro desse ano, encontro entre Behemoth, Deicide e Nidhogg em Curitiba é algo como um retrato da vitalidade do metal extremo. Três gerações distintas se apresentam em sequência: a tradição brutal de Deicide, a teatralidade consagrada de Behemoth e a promessa emergente de Nidhogg. Além de reunir nomes de peso, o evento apresenta uma narrativa temporal, em que passado, presente e futuro do gênero se articulam em um mesmo palco. A seguir, cinco razões para não perder esse espetáculo:
1. Behemoth e a teatralização do sagrado e do profano
Behemoth vive um momento de força criativa. The Shit Ov God confirma a capacidade da banda polonesa de transformar temas como humanidade, divindade e desafio em linguagem musical. Ao vivo, essa dimensão se expande em uma encenação marcada por fogo, cenários monumentais e gestos ritualísticos. Assim, experiência de ouvir músicas consagradas como Conquer All ou Christians to the Lions se converte em espetáculo total, em que música, luzes e performance se entrelaçam para criar uma atmosfera quase litúrgica.
2. Deicide e a brutalidade como permanência
Enquanto Behemoth investe em teatralidade, Deicide reafirma a essência crua do death metal. Glen Benton continua sendo um dos porta-vozes mais polêmicos e consistentes do gênero. A turnê de Banished by Sin não revisita a história apenas por nostalgia, mas mostra que o mesmo discurso de negação da fé, sustentado desde 1987, ainda encontra ressonância. O impacto de faixas como Dead by Dawn ou Sacrificial Suicide se mantém, não por inovação estética, mas porque a brutalidade permanece como um gesto de resistência.
3. Nidhogg e a força de uma nova geração
Nidhogg surge como o nome responsável por abrir a noite. Sua escolha para a turnê não soa casual. O apoio implícito de Nergal projeta o músico como um representante da nova safra do metal extremo polonês, alguém capaz de carregar adiante a identidade de uma cena fértil e influente. Para o público, assistir à sua estreia significa presenciar um momento de revelação, o início de um percurso de alcance internacional.
4. Um diálogo entre tempos distintos
O alinhamento entre os três nomes forma uma narrativa em camadas. Deicide simboliza o passado que forjou as bases do death metal; Behemoth representa o presente em que o gênero se expande em estética e alcance; Nidhogg aponta para o futuro, ainda em construção, mas legitimado pela companhia em que se encontra. O contraste entre brutalidade direta, teatralidade ritualizada e experimentação nascente cria uma noite que funciona como retrato da vitalidade do metal extremo ao longo do tempo.
5. Um marco no calendário de shows curitibano
Curitiba recebe algo raro: a reunião de três forças distintas que, juntas, compõem um painel representativo da cena global. O público não encontrará apenas repertórios consagrados ou novidades recentes. Encontrará também a oportunidade de testemunhar como o metal resiste ao tempo, se reinventa e projeta novas vozes. Em uma única noite, passado, presente e futuro dividem o mesmo espaço, convertendo o evento em marco para quem acompanha o gênero.

SERVIÇO
🔥 The Unholy Trinity Tour – Latin America 2025
🗓️ 19 de setembro, sexta-feira
📍 Tork’n’Roll – Curitiba
🎫 Vendas: www.fastix.com.br
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